Exposição “Desconstruir o Colonialismo, Descolonizar o Imaginário: O Colonialismo Português em África: Mitos e Realidades” | Exhibition ‘Deconstructing Colonialism, Decolonising the Imaginary’

Exposição “Desconstruir o Colonialismo, Descolonizar o Imaginário” | 30.10.2024 a 29.03.2026

EXPOSIÇÃO PROLONGADA ATÉ 29 DE MARÇO DE 2026

A exposição “Desconstruir o Colonialismo, Descolonizar o Imaginário. O Colonialismo Português em África: Mitos e Realidades” encontra-se patente ao público na maior sala de exposições temporárias do Museu Nacional de Etnologia entre 30 de outubro de 2024 e 29 de março de 2026.

A exposição, co-organizada pelo Museu Nacional de Etnologia (Museus e Monumentos de Portugal, E.P.E.) e o Centro de Estudos Sobre África e do Desenvolvimento (Instituto Superior de Economia e Gestão, UL), realiza-se no contexto da prioridade que o Museu confere ao estudo de proveniência das suas coleções extraeuropeias e da reflexão sobre o contexto colonial em que o museu foi fundado e procedeu à recolha das suas primeiras coleções, procurando o envolvimento do público e das comunidades na valorização e divulgação das suas próprias culturas.

Concebida e coordenada pela historiadora Isabel Castro Henriques, a exposição visa apresentar as linhas de força do colonialismo português em África nos séculos XIX e XX. Tem como objetivos desconstruir os mitos criados pela ideologia colonial, descolonizar os imaginários portugueses e contribuir, de forma pedagógica e acessível, para uma renovação do conhecimento sobre a questão colonial portuguesa.

Dois eixos centrais estruturam a narrativa da exposição. O primeiro eixo organiza-se em painéis temáticos, nos quais texto e imagem se articulam, pondo em evidência as linhas de força do colonialismo português dos séculos XIX e XX, e dando a palavra ao conhecimento histórico. O segundo eixo pretende “fazer falar” as obras de arte africanas, como evidências materiais do pensamento e da cultura africanas, evidenciando a complexidade organizativa dos sistemas sociais e culturais destas sociedades, permitindo mostrar a criatividade, a vitalidade, a sabedoria, a racionalidade, a diversidade identitária e as competências africanas e contribuindo para evidenciar e desconstruir a natureza falsificadora dos mitos coloniais portugueses. 

Este segundo eixo da exposição é constituído por uma seleção de 139 obras, repartidas entre coleções do Museu Nacional de Etnologia, incluindo algumas peças em depósito da Fundação Calouste Gulbenkian  e do colecionador Francisco Capelo, e obras de arte africana contemporânea dos artistas Lívio de Morais, Hilaire Balu Kuyangiko e Mónica de Miranda.

Realizada no âmbito das Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, este projeto resulta das pesquisas desenvolvidas pela equipa de cerca de trinta investigadores que nele colaboraram, tendo igualmente contado com o indispensável contributo de muitas entidades, nacionais e estrangeiras, que cederam a profusa documentação iconográfica apresentada nos painéis explicativos em torno dos quais se desenvolve a narrativa da exposição.

A Comissão Executiva da Exposição é presidida por Isabel Castro Henriques e integrada por Inocência Mata, Joana Pereira Leite, João Moreira da Silva, Luca Fazzini e Mariana Castro Henriques, e a sua Comissão Científica, igualmente presidida por Isabel Castro Henriques,  é constituída por 20 elementos, entre os quais António Pinto Ribeiro, Aurora Almada Santos, Elsa Peralta, Isabel do Carmo e José Neves.

A museografia, instalação e apresentação ao público da totalidade das obras das coleções do Museu Nacional de Etnologia foi assegurada pela própria equipa do Museu, que igualmente assegurou a produção da exposição, com a colaboração da equipa da Museus e Monumentos de Portugal, E.P.E. O Projeto Expositivo e de Comunicação da exposição é da autoria do P 06 studio.

De entre o programa paralelo a desenvolver entre 2024 e 2025 no âmbito deste projeto, destaca-se-se a realização de exposição itinerante, de caráter exclusivamente documental, que circulará por escolas e centros culturais em Portugal, assim como em diversos espaços de língua portuguesa, em África e no Brasil. Ainda em 2024 terá início, no âmbito desse programa paralelo, o ciclo Cinema e Descolonização, com projeções de filmes relacionados com a realidade pós-colonial, a decorrer no ISEG e no Museu Nacional de Etnologia, encontrando-se prevista a realização de outras ações de caráter científico, nomeadamente Conferências e Colóquios, também em parceria com outras entidades.

A realização da exposição é acompanhada pela edição de livro homónimo, publicado pelas Edições Colibri, em cujas 344 páginas os c. de trinta investigadores que colaboraram neste projeto desenvolvem os vários temas abordados.


Exhibition  ‘Deconstructing Colonialism, Decolonising the Imaginary’ | 30.10.24 until 29.03.26

The exhibition ‘Deconstructing Colonialism, Decolonising the Imaginary. Portuguese Colonialism in Africa: Myths and Realities’ is on display to the public in the largest temporary exhibition room of the National Museum of Ethnology between 30 October 2024 and 29 March 2026.

The exhibition, co-organised by the National Museum of Ethnology (Museus e Monumentos de Portugal, E.P.E.) and the Centre for African and Development Studies CEsA (Instituto Superior de Economia e Gestão, UL), takes place in the context of the Museum’s priority to study the provenance of its extra-European collections and to reflect on the colonial context in which the museum was founded and its first collections were gathered, seeking to involve the public and communities in the appreciation and dissemination of their own cultures.

Conceived and coordinated by historian Isabel Castro Henriques, the exhibition aims to present the outlines of Portuguese colonialism in Africa in the 19th and 20th centuries. It aims to deconstruct the myths created by colonial ideology, decolonise Portuguese imagery and contribute, in an educational and accessible way, to a renewal of knowledge about the Portuguese colonial question.

Two central axes structure the exhibition’s narrative. The first axis is organised in thematic panels, in which text and image are articulated, highlighting the outlines of Portuguese colonialism in the 19th and 20th centuries, and giving the word to historical knowledge. The second axis aims to ‘make African works of art speak’, as material evidence of African thought and culture, highlighting the organisational complexity of the social and cultural systems of these societies, making it possible to show African creativity, vitality, wisdom, rationality, identity diversity and skills, and helping to highlight and deconstruct the falsifying nature of Portuguese colonial myths. 

This second axis of the exhibition is formed by a selection of 139 works, divided between the collections of the National Museum of Ethnology, including some pieces on deposit from the Calouste Gulbenkian Foundation and the collector Francisco Capelo, and works of contemporary African art by the artists Lívio de Morais, Hilaire Balu Kuyangiko and Mónica de Miranda.

Conducted as part of the 50th anniversary celebrations of the 25 April Revolution, this project is the result of the work carried out by a team of around thirty researchers who collaborated on it, as well as the indispensable contribution of many national and foreign entities, who provided the profuse iconographic documentation presented in the explanatory panels around which the exhibition’s narrative is developed.

The exhibition’s Executive Committee is chaired by Isabel Castro Henriques and includes Inocência Mata, Joana Pereira Leite, João Moreira da Silva, Luca Fazzini and Mariana Castro Henriques, and its Scientific Committee, also chaired by Isabel Castro Henriques, is made up of 20 members, including António Pinto Ribeiro, Aurora Almada Santos, Elsa Peralta, Isabel do Carmo and José Neves.

The museography, installation and presentation to the public of all the works in the National Museum of Ethnology’s collections was carried out by the Museum’s own team, which also ensured the production of the exhibition, with the collaboration of the team from Museus e Monumentos de Portugal, E.P.E. The Communication and Exhibition Project was developed by P 06 studio.

The parallel programme to be developed between 2024 and 2025 as part of this project includes a travelling exhibition, exclusively for documentational purposes, which will be shown in schools and cultural centres in Portugal, as well as in various Portuguese-speaking areas in Africa and Brazil. Also in 2024, as part of this parallel programme, a film cycle entitled “Cinema and Decolonisation” will take place, with screenings of films related to the post-colonial reality, at ISEG and the National Museum of Ethnology, and other scientific activities are planned, namely Conferences and Colloquia, also in partnership with other entities.

The exhibition is accompanied by the publication of a book of the same name, published by Edições Colibri, expanding the various themes covered in the exhibition by the researchers who collaborated on the project.

8º Encontro Ibero-Americano de Museus, em Outubro, no MNE

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Nos próximos dias 13, 14 e 15 de Outubro decorrerá, no auditório do MNE, o 8º encontro Ibero-Americano de Museus, cujo tema será: “Caminhos de futuro para os museus ibero-americanos: tendências e desafios na diversidade”. A organização é da DGPC e da IBERMUSEU.

Os objectivos do encontro são: profundar o conhecimento mútuo das realidades museológicas dos países ibero-americanos; proporcionar ocasiões de reflexão em torno do estado da questão das políticas públicas para museus; apresentar e debater ideias e linhas de futuro para a evolução dos museus ibero-americanos; servir de plataforma entre a Ibero-América, a Europa e o espaço da CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa), tirando partido da circunstância de Portugal ser o país anfitrião.

O Programa Ibermuseus é uma iniciativa de cooperação dos 22 países ibero-americanos, com vista ao fomento e à articulação de políticas públicas na área de museus. Portugal é um dos países membros deste programa, fazendo parte do grupo de 11 países que integram o respetivo Comité Intergovernamental.

Programa (Português)

Programa (Castelhano)

Boletim electrónico de inscrição

Ficha de inscrição

Reabertura do Museu de Santo António

No passado dia 18 de Julho de 2014 foi reaberto ao público o Museu de Santo António, em Lisboa, após obras de ampliação e requalificação. A nova exposição permanente visa assinalar a vivência de Santo António não só em Portugal, mas no mundo, pelo que prevê a rotatividade de alguns dos seus núcleos. Nesta primeira mostra integram para além do espólio do Museu de Santo António, objectos de colecções públicas e privadas em Portugal, entre os quais objectos do Museu Nacional de Etnologia e Museu de Arte Popular. Até ao final do ano será possível encontrar entre esse conjunto, figurado de barro representativo de Santo António, designadamente, um Santo António pregando aos peixes cuja autoria se atribui a Mistério F.M. [MNE.3575]; um Santo António da autoria de Rosa Ramalho [MNE.3635]; Alminhas da autoria de Domingos Gonçalves Limas, conhecido pela alcunha de o Mistério [AT.731], e ainda um ex-voto de autoria desconhecida [MNE.6489]. Apresentam-se algumas fotografias do processo de montagem da referida exposição que contou com o apoio técnico de profissionais da Iterartis.

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Visitas à Volta da Pesca | Ílhavo | 14 de Junho

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VISITAS À VOLTA DA PESCA | No próximo dia 14 de Junho, o MNE organiza uma visita a Ílhavo. Da parte da manhã, visitaremos uma empresa de transformação de bacalhau, no cais dos bacalhoeiros; de tarde, visitaremos o Museu Marítimo de Ílhavo, orientados pelo Professor Álvaro Garrido, do qual é consultor.

O preço de inscrição é 17€. Pagamento prévio, em numerário, no MNE.
Almoço no restaurante “Bela Ria”, do chef Jorge Pinhão, mediante marcação prévia no acto de inscrição (10€, pagamento no local).

Menu inclui:
Entradas – degustação de carinhas fritas com pataniscas e feijoada de samos
Prato principal – bacalhau à Confraria
Sobremesa – Leite creme ou aletria
Bebidas – vinho da casa, sumos, águas

07h30 partida do MNE
10h30 visita a uma empresa de transformação de bacalhau, no Cais do Bacalhoeiros
12h30 almoço
14h00 visita ao Museu Marítimo de Ílhavo, orientada pelo Professor Álvaro Garrido
16h00 pausa para café
17h00 partida para Lisboa
20h00 chegada ao MNE

Para mais informações:

Museu Nacional de Etnologia
Avenida Ilha da Madeira, 1400-203 Lisboa
213041160 | geral@mnetnologia.dgpc.pt | https://mnetnologia.wordpress.com/

MUSEU MARÍTIMO DE ÍLHAVO | O Museu Marítimo de Ílhavo (MMI) é um museu da Câmara Municipal de Ílhavo. Nasceu a 8 agosto de 1937, após um longo processo de gestação dinamizado por um grupo de amigos do Museu. Lugar de memória dos ilhavenses que o criaram, começou por assumir uma vocação etnográfica e regional. Em 2001 foi renovado e ampliado, passando a habitar num belo edifício de arquitetura moderna projetado pelo gabinete ARX Portugal. Nesse mesmo ano, o MMI passou a contar com o navio-museu Santo André, antigo arrastão bacalhoeiro. Recentemente, o MMI voltou a crescer e a qualificar-se. Em 2012, foi criada a sua unidade de investigação e empreendedorismo, o CIEMar-Ílhavo. Em 2013, passou a incluir um admirável Aquário de bacalhaus. O MMI é hoje um museu marítimo singular. A sua missão consiste em preservar a memória do trabalho no mar, promover a cultura e a identidade marítima dos portugueses. Museu, Aquário e Investigação resumem o atual Museu, uma instituição dedicada a todas as comunidades costeiras e aberta aos mais diversos públicos. O MMI é testemunho da forte ligação dos ílhavos ao mar e à Ria de Aveiro. A pesca do bacalhau nos mares da Terra Nova e Gronelândia, as fainas da Ria e a diáspora dos Ílhavos ao longo do litoral português são as referências patrimoniais do Museu. A cada um dos temas corresponde uma exposição permanente que oferece ao visitante a possibilidade de reencontrar inúmeros vestígios de um passado recente.
(http://www.museumaritimo.cm-ilhavo.pt/)

CAIS DOS BACALHOEIROS | “Porto Bacalhoeiro”, “Cais dos Bacalhoeiros” ou até, formalmente, Porto de Pesca do Largo é o terminal do Porto de Aveiro que serve os armadores de pesca do largo e as indústrias de processamento do pescado instaladas na Gafanha da Nazaré. Para além das 17 pontes-cais inclui um terminal especializado de descarga de pescado com 160 m de comprimento. Desde sempre a imponência dos navios, primeiro à vela e atualmente autênticas fábricas de transformação de peixe, captam o olhar do fotógrafo. Seja talvez pela calmaria das águas da Ria e pela bucolia da paisagem de fundo, por contraste com a robustez das embarcações e a presença dos armazéns das empresas de pesca, este local, aparentemente inóspito, capta a essência da vida da pesca no Mar Alto. É aqui que é descarregada a quase totalidade do pescado transportado pelos navios portugueses que operam no Atlântico Norte e o principal porto de pesca ao largo da Região Centro. É aqui que se concentram o maior número de empresas que se dedicam a esta pesca e é este, pois, o centro nevrálgico que faz com que o Município de Ílhavo seja a capital portuguesa do Bacalhau e que conta uma parte fundamental da história social e económica da região.
(http://www.cm-ilhavo.pt/)

 

Actividades para as Jornadas Europeias do Património.

Os Museus e Monumentos da Direção Geral do Património Cultural associam-se às Jornadas Europeias do Património com atividades aliciantes e diversificadas.

Consulte o PROGRAMA.

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